segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


Estudando o Arqueômetro 
Os símbolos velados do Arqueômetro

           Os símbolos conjugados permitem expressões de ideias complexas e de amplitude inimagináveis, algumas formas de escrita expressam em uma única imagem muitas concepções de extensas significações. No passado, estas formas de expressão foram muito utilizadas e as vivências dessas significações eram praticadas em plenitude.
              As confrarias de mistérios sempre velaram seus símbolos e muitos desses conceitos sobreviveram ao longo dos anos, alguns se apresentam de formas sutis, não caracterizados com clareza dentro da visão usual, pois as antigas teorias não se sustentam em bases comuns, havendo, muitas vezes, lacunas na cronologia e na lógica, sendo que, em muitos casos, não descrevem sucintamente como foram constituídos os elementos que compuseram o conjunto de suas apresentações nem como ordenaram a construção destes métodos.
Por exemplo, para debulhar os grãos, provindos das colheitas, estes trabalhadores construíam ferramentas no formato da letra de Júpiter, que representava a prosperidade e a fartura, imprimindo suas vibrações nos alimentos por meio da ação sistemática do malho da palha dos grãos. Essa transferência de forças utilizadas pelo formato da letra sagrada de Júpiter é um fundamento originalíssimo, pautado numa lógica maior, os sacerdotes, lideres desses povos, orientavam todas as atividades da vida social para os conceitos relacionados ao sagrado, incluindo as ferramentas de trabalho.
           Algumas ferramentas, tornar-se-íam em arma de defesa dos templos que passavam por ondas sucessivas de ataques. Os conceitos eram os mesmos, ou seja, a força da divindade era capaz de defender as cidadelas com a sua poderosa representação cósmica e universal.
            Não é fácil descrever sobre o desenvolvimento de ferramentas e suas utilidades, mas é evidente que transformaram-se em armas de ataque e defesa, contudo, a escassez de textos e provas deixaram este legado para as tradições orais, que representam essas práticas, por meio dos mestres, que se utilizavam de uma linhagem para perpetuar os ensinamentos. O interesse maior é de conhecer estes mistérios em essência, pois foram concebidos através de conceitos filosóficos, religiosos e éticos, posteriormente por outros aspectos secundários, mas a princípio esta conversão de hábitos era preemente à sobrevivência.
 Atualmente, devido ao distanciamento do início, é quase impossível relacionar esta ou aquela ferramenta a um  instrumento de combate específico, ou mesmo à arte marcial, mas permanecem, ainda, boa parte, destas tradições. Associaram a estas artes os movimentos de harmonização da religiosidade cósmica, como o Tai-Chi, que correlacionou alguns dos movimentos em golpes precisos de ataque e defesa,  fundamentos que consubstanciaram a utilização de força, técnica e movimento. Tais métodos permanecem como marca registrada de muitos mosteiros, relacionada com uma severa disciplina e preparação mental.
            Na concepção e construção de instrumentos musicais as evidências conduzem a pensar sobre muitos aspectos, pois desde tempos imemoriais estas civilizações construíam aparelhos de reprodução sonora no formato das letras zodiacais ou correspondentes aos astros e aos planetas.
Um exemplo típico é o da Lira, instrumento que é a cópia fiel da letra Y relacionada a Mercúrio, observe que o próprio nome Lira é uma identificação direta da astrologia, representação das  constelações. Torna-se, pois, evidente a necessidade de extrair do instrumento a força ou a representação espiritual da visão teogônica e cosmogônica contida em sua sonoridade.  Segundo a mitologia grega, Apolo, a grande divindade solar deu a Lira ao seu filho Orfeu e as Musas lhe ensinaram a tocar, sua música era angelical, encantadora, tocava a tudo e a todos.
                                         Lira            Letra do Arqueômetro    Composição letra +
                                                                                                     instrumento musical

    
Nota importante:  
 Esta letra, a Y, o número 10, apresenta uma controvérsia sobre a descrição existente no livro o Arqueômetro, Capítulo Terceiro, mais especificamente sobre a forma apresentada pelos amigos de Saint Yves d´Alveydre, vejamos: "Letra: dois pontos circulares que geram duas curvas articuladas sobre um
semicírculo",  que foi apresentada conforme a seguir:
Sem querer dar por encerrada a questão, aplicaque  geometria sagrada ou a Sequência de Leonardo Fibonacci,
seu número de ouro, e perceberá que as proporções são outras. Em uma sequência geométrica harmônica não existe acaso. 

Vejamos uma espécie de harpa egípcia confeccionada a partir da letra de G, Vênus.


                                                        Harpa                Letra do      Composição letra +
                                                                               Arqueômetro instrumento musical


Estamos apenas começando a falar desse tipo de conhecimento aplicado por estas sociedades sacerdotais, existem muitos símbolos e selos, que posteriormente se tornariam brasões, principalmente na Europa, que continham ótimos indicativos da utilização de métodos e lógicas que reuniam significações profundas, evidenciando um saber diferenciado e voltado para as reproduções extremamente superiores, concentrando uma série de significados de ordem teológica e cósmica, incutindo também o fundamento central de uma academia, colégio ou nação. Posteriormente, se apresentariam de forma deteriorada através de significados mais comuns, como águias, leões, tigres e outras imagens que representam força e poder. Não eram mais capazes de acessar os planos do conhecimento superlativos. 
Um selo muito conhecido é o do peixe da confraria dos Essênios, da antiga Judéia, que identificou a passagem de Cristo, é um símbolo simples, mas muitos não o sabem decifrar.

            Vejamos:

A representação nada mais é do que a união de duas letras relacionadas à confraria solar, que é ordenada pela própria força do Cristo, união das letras sagradas do Sol e do signo de Leão. Viviam os símbolos sintetizados em imagens, que tinham profundas significações e que traduziam uma ligação direta com as instâncias divinas, cósmicas e terrenas.
            Vejamos outro exemplo:

O que aparentemente parece mítico pode esconder uma série de interpretações, como o exemplo do símbolo de Asclépio e Hermes, que demonstra a sagacidade e a capacidade de devorar, fazer morrer as ilusões e renovar, remetendo uma simples imagem ao sagrado. O caduceu na antiguidade, além de salvo conduto dos grandes personagens da sociedade, continha uma imensa significação para os membros das antigas sociedades de mistérios. Basta observar a imagem decomposta que expressa a conjunção do símbolo sagrado nas três manifestações humanas, imprimindo a justa imagem de quem conhecia os mistérios dos antigos colégios sacerdotais.
Revelando algumas chaves dos mistérios
O enigma da Chave do Templo


          As primeiras chaves dos templos tinham um significado todo especial, pois não guardavam somente a parte física, não eram meros instrumentos utilizados para cerrar e trancafiar ambientes, mas por detrás das imensas portas talhadas em cuidadosos símbolos sagrados existia um segredo a ser decifrado pelos iniciados em alto grau. Desvendar o enigma da chave, reconhecer através de métodos exigia esforço espiritual e intuitivo, relacionados à sabedoria e intelecto, pois expressava a compreensão sobre o funcionamento da confraria à qual estava filiado. Decifrar o segredo da chave e acionar num único giro a abertura do portal do templo central era o objetivo final, destinado a poucos, pois um único passo em falso significava a permanência definitiva no grau alcançado, não restando outra oportunidade na presente encarnação.

           Ao contemplar a chave a seguir percebe-se que não se trata de um objeto comum, muito ornamentado para os tempos atuais, até pouco prático, encerrando sutilmente um grande segredo, neste objeto encontram-se inumeráveis mistérios, que guardam os mais sublimes objetivos de uma confraria.

Decodificando os Segredos da Chave do Templo
Ao observar detalhadamente este objeto, veja a chave a seguir, percebe-se que se assemelha a uma chave comum, mas têm algumas particularidades incomuns, que a princípio podem parecer ornamentos ou elaborações artesanais. Na verdade, não se trata propriamente disto, este objeto além de servir para trancar as portas dos santuários, contêm os mistérios que ordenam os regimentos magísticos do templo.
           Se este objeto for desmembrado minuciosamente, encontrar-se-á uma série de letras sagradas, relacionadas aos sete planetas da antiguidade e suas constituições ocultas, contidas em um único objeto, a prova incontestável da sabedoria dos antigos, que sabiam perfeitamente como representar seus fundamentos, nem por mera intuição, nem por inspiração, mas adentro de uma autológica irrefutável e simples, bastando demonstrar quais são as faces destas imagens para entender seu objetivo:



              Vamos ficando por aqui, leia com atenção, estamos começando a aprofundar o assunto, nos próximos capítulos continuaremos a falar da prática do Arqueômetro, introduzindo novos conhecimentos sobre instrumentos rituais, arquitetura sagrada e as relações com cores, formas e sons.

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Luz e paz.